quarta-feira, 8 de agosto de 2012

0,5 mg de loucura

                          
Como já disse Martha Medeiros nós mulheres “nascemos com o dom de detectar o sagrado das pequenas coisas”. Essa sensibilidade, apesar de romântica, pode trazer muito sofrimento. Nada nos passa despercebido. Sofremos junto quando alguém próximo sofre. Nos indignamos com as injustiças sofridas pelos outros.

Como é difícil admitir que precisamos de ajuda para lidar com sentimentos e emoções mal resolvidas. Quando falamos em buscar ajuda profissional (psicólogo, psiquiatra, analista), fazemos isso em tom de piada. Mas quando a coisa fica realmente séria, temos uma dificuldade imensa de admitir que estamos pedindo socorro em silêncio.

A minha ideia de depressão foi sempre de uma pessoa prostrada que não conseguia nem se levantar da cama. Estava muito enganada. A depressão pode surgir em diversos níveis e se manifestar de formas diversas. Tristeza, raiva,manias, fome, euforia, desanimo, insônia. 

Lamento por todas as vezes que pensei que uma pessoa se declarava deprimida por acomodação ou preguiça. A verdade é que só acabamos com um preconceito quando passamos por ele. Encarar a verdade é difícil, mas necessário.

Assim como outros órgãos o cérebro também pode sofrer doenças genéticas ou causadas pelo estresse e precisa ser tratado. Medicamentos, terapia, exercícios físicos são algumas das indicações para o tratamento dos diversos males que podem afetá-lo. Mas sem dúvida nenhuma aceitar o problema e contar com o apoio dos amigos e da família é o melhor dos tratamentos.

Tentar manter o bom humor e não levar tudo tão a sério é uma boa dica. Seja para quem já se considera louco ou para quem ainda pensa ser imune à loucura.

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