sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Passeio ao cemitério

Dia de finados. Feriado Nacional.


Para muitas pessoas é uma data que não faz o menor sentido. Para outras é um momento para lembrar e reverenciar os mortos. Em diversas culturas, os mortos são tratados como representantes dos vivos no mundo espiritual. Eles fazem pedidos, trazem comida e etc. Para mim é mais uma data para recordar a infância.

Quando era criança, no dia de finados, íamos de São Paulo até a cidade de Jundiaí onde estão enterrados os familiares que já partiram. Era bonito ver as pessoas levando flores coloridas para os túmulos que, por serem de um cemitério antigo, eram forrados com azulejos coloridos ou imitando o mármore.

Mas a melhor lembrança é que na porta do cemitério ficava um carrinho que vendia uns docinhos rosa com formato de arroz ou argolas.

Atualmente, não visito cemitérios em dia de finados, mas quando encontro estes docinhos, não hesito em apreciá-los como uma doce memória cor de rosa.





terça-feira, 1 de outubro de 2013

AVES DO MEU BAIRRO

             


       Para observar e conhecer melhor as aves não é necessário fazer uma viagem ao Pantanal. Em São Paulo é possível avistar uma grande variedade de espécies. Tanto em parques e praças como em canteiros e nas árvores dos quintais. 


Segundo o inventário da fauna do Município de São Paulo (2010), realizado pela Secretaria Municipal do verde e do Meio Ambiente, foram catalogadas 700 espécies de animais silvestres, sendo 372 de aves.

Em nossa região, existe uma grande variedade de espécies de aves. Apesar dos registros fotográficos contemplarem apenas um pequeno perímetro do bairro da Freguesia do Ó, é possível comprovar esta diversidade.





quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A casa dos relógios parados


Aqui na casa dos relógios parados
a bagunça é certa.
Tem brinquedo no sofá, louça na pia
gato no escritório e cachorro na lavanderia.

Na casa dos relógios parados
a máquina de lavar
de tanto barulho que faz
parece que vai decolar.

Na casa dos relógios parados
tem chá na segunda
suco na terça
e na quarta, água.

Na casa dos relógios parados
o rádio berra e as vozes também.
Tudo em vão...
Nada é mais barulhento do que a panela de pressão.

Na casa dos relógios parados
não falta ovo frito e macarronada.
E se for na quinta
acompanhada do melhor vinho da casa

Na casa dos relógios parados
o menu é variado.
Tem refri na sexta
e licor no sábado.

Aqui na casa dos relógios parados
o dinheiro não falta
o dinheiro não sobra
mas paga as contas, a pizza e a viagem de carro.

Na casa dos relógios parados
o churrasco e a cerveja
já entraram pra rotina
dos domingos e feriados.

Na casa dos relógios parados
tem o fundamental:
Vida e movimento....
....parados, somente os relógios.






quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A menina e a estrela


Olhos fechados e semblante sereno. Traços delicados de uma menina de cinco anos ou menos. Parece estar dormindo e sonhando. Será que sonha em ser uma estrela? Ou sonha em poder voar até tocar o céu? Algum dia, fechou os olhos e fez um pedido a uma estrela cadente?

Uma estrela nova! O nascimento de uma estrela é uma explosão majestosa no espaço, com gases e poeira laranja e verde, rosa e azul. Uma visão que encanta em qualquer idade.

Arma química sempre me pareceu uma ideia tirada de um livro de ficção científica. Mas me enganei. É real e não tem nada de ficcional. As fotos e as imagens da TV nos mostram centenas de corpos no chão, vítimas do seu efeito. Entre eles muitas crianças. Entre elas uma menina. A menina que parece dormir e sonhar com as estrelas, está morta.

O universo continua sua expansão e foi Alma quem registrou este fato. Alma é o telescópio que captou as imagens do nascimento de uma estrela, mas poderia ser o nome da menina que sonha com elas.

Mas enquanto o universo expande, a humanidade regride. Esta semana, dois fatos me chamaram a atenção e me emocionaram de maneira antagônica: a morte de uma menina e o nascimento de uma estrela.

Na foto abaixo, na primeira fileira, a terceira criança de baixo para cima foi que me chamou a atenção. É uma foto bem desagradável.






















sábado, 17 de agosto de 2013

Para Hermé Antune




Dedos sujos de giz pastel e olhos brilhantes. O artista enxerga o mundo de maneira distorcida, irreal. Cabe a ele ordenar em poucas linhas os traços que povoam sua imaginação.

Linhas que se cruzam, formas que se completam. O corpo e suas curvas é sua maior inspiração. As cores grudadas nos dedos não se destacam no papel, mas seu talento em transformar uma linha em uma imagem é evidente. Traços estáticos e sinuosos. São imagens que dançam, flutuam com gestos leves e sensuais. Inquietos e inspiradores.

A música está em toda parte: no solo de algumas cores, na melodia das curvas, no movimento das figuras e nas histórias que elas contam.


Hermé é letra e música traduzido em imagens.

domingo, 21 de julho de 2013

Eu leio


Gosto muito de ler. Além dos livros gosto de ler as pessoas. Passando de ônibus pela Avenida Paulista, posso ver uma diversidade típica deste local. É um ótimo lugar para ler as pessoas. Para mim, a Paulista é uma amostra de como toda a cidade de São Paulo deveria ser. Aqui tem tudo o que uma cidade precisa: bancos, empresas, cultura, mobilidade e beleza (sem aquele emaranhado de fios que vemos nas outras vias da cidade).

A leitura dos rostos, roupas e gestos é infinita. Leio músicos de rua, skatistas, engravatados, tatuados, religiosos. Decifro os passos rápidos de quem saiu para almoçar. Anoto o sorriso descompromissado dos estudantes e suas mochilas carregadas de possibilidades. Absorvo o olhar opaco de um andarilho. Tudo muito rápido e efêmero. É um pocketbook do cotidiano.


Mas apenas ler não me basta. Preciso registrar o que leio, interpreto e reflito. Necessito documentar o aparentemente banal e sem importância. Tornar o que não seria digno nem de uma nota de rodapé em crônica.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Festival da Mantiqueira - São Francisco Xavier








 OFICINA DE CONFECÇÃO DE BONECOS DE MANIPULAÇÃO COM A COMPANHIA PIA FRAUS





























 VARAL DE TROVAS E SONETOS

 RECICLAGEM

SACOLA FEITA DE EMBALAGEM DE CAFÉ

TRABALHOS MANUAIS DAS MULHERES DAS COMUNIDADES RURAIS
 











 COMIDAS CAIPIRAS


 APRESENTAÇÃO DA CIA. PIA FRAUS - BICHOS DO BRASIL