Não é novidade para ninguém que eu adoro gatos. O
meu primeiro gato chamava-se Lelo. Era um gato amarelo de pelo macio que
praticamente não miava. Estava sempre no meu colo ou correndo pela casa atrás
de mim.
Quando eu o encontrei, trabalhava em uma escola
particular sediada em uma casa. Nos fundos desta casa, uma gata deu cria de quatro
gatinhos. Eu alimentava a mamãe todos os dias, e com o passar do tempo, comecei
a alimentar os filhotes também.
Mas em uma 2ªfeira, logo que cheguei à escola,
percebi que os gatinhos e sua mãe não estavam lá. Sumiram misteriosamente. Mas
Lelo escapou (de sei lá o que?). Ele estava escondido em cima de uma árvore,
todo assustado e com o focinho ralado. Para que nada de mau acontecesse com
ele, resolvi levá-lo para minha casa. E lá ele ficou por uns quatro anos.
Um dia, notei que ele estava abatido e sem apetite.
Também começou a se esconder em cima do telhado. Após uma consulta ao
veterinário, o diagnóstico provável era de que seus rins haviam parado de
funcionar.
O tratamento recomendado, mas não garantido, era
levá-lo para tomar soro todos os dias na clínica veterinária, na tentativa de
forçar o funcionamento dos seus rins, pois ele era um gato ainda jovem. Fiz
isso durante alguns dias. Talvez uma semana. Mas o tratamento não foi eficaz. A
temperatura do seu corpo estava muito baixa. Improvisei até um tipo de
aquecedor com lâmpada em sua caminha. Mas infelizmente ele não resistiu.
E agora estou com o coração apertadinho novamente.
Minha gatinha preta, chamada Luiza sumiu há um mês. Não sei o que aconteceu.
Não sei sequer se está viva.
É como dizem: o único defeito dos nossos animais de
estimação é viver menos que nós.