quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Pouco dinheiro, um pedaço de bolo e um par de meias



Viagens de baixo orçamento sempre rendem histórias engraçadas.
Uma vez, voltando do Rio de Janeiro para São Paulo de carro, eu, meu marido e uma amiga, resolvemos parar em algum lugar para tomar um café, já que estávamos viajando desde as 4 horas da manhã. Paramos em um boteco (ou algo parecido com isso) que se resumia a um balcão e um banheiro. Eu e minha amiga aproveitamos para ir ao banheiro quando tivemos uma desagradável surpresa. A porta que separava a privada do resto do boteco era uma porta tipo saloon (balcão), que cobria apenas parte do corpo de quem estava lá dentro, pois ela ficava uns 50 centímetros acima do chão. Meu marido teve que ficar na frente da porta para tampar a visão, pois quando nos abaixávamos para usar a privada, conseguíamos ver por debaixo da porta.
Após as peripécias para usar o banheiro, tomamos um café preto e quando nos preparávamos para pagar a conta, notamos que o atendente embalava para viagem uns pedaços de bolo que estavam em cima do balcão. Ao notar que o bolo já estava com a parte de cima esbranquiçada de bolor, meu marido perguntou para minha amiga: “Você que pediu este bolo para viagem?” “Sim” disse ela. “Mas você não viu que ele está coberto de bolor?”  Ao que ela respondeu:  “ AH! Eu pensei que fosse açuquinha!
Outra história hilária sobre viagem não foi vivida por mim, mas pode trazer uma grande lição aos mochileiros de plantão. Dois amigos viajavam de ônibus pelo interior de Minas Gerais, quando um deles começou a se sentir mal e percebeu que precisava ir ao banheiro urgentemente. Como o banheiro do ônibus estava interditado, pediu ao motorista que parasse na estrada porque a situação era de estrema urgência. O motorista insistia para que ele esperasse até a próxima parada. Mas o rapaz que já estava sem cor e suando frio disse que não aguentaria. Avistado um bar de beira de estrada, o motorista se convenceu e parou para que o rapaz procurasse o banheiro. Alguns minutos depois o outro rapaz que ficou esperando no ônibus viu seu amigo sair, já mais corado e sorrindo. Mas ao observar melhor notou que seu amigo que vestia bermudas e tênis estava sem suas meias. Foi inevitável a gargalhada ao imaginar o que havia acontecido no banheiro. 
Conclusão: “Quando for viajar não esqueça de levar suas meias, elas podem ser mais úteis do que você imagina.”

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Fogueira


Hoje eu só queria uma tocha
Para incendiar toda a estupidez

Hoje eu só queria uma vela
Para queimar toda falta de respeito

Hoje eu só queria um isqueiro
Para torrar toda falta de ética e empatia

Hoje eu só queria um fósforo
Para inflamar toda hipocrisia

Hoje eu só queria uma chama
Para tostar toda falsidade

Hoje eu só queria uma brasa
Para aquecer sua vaidade até você se queimar

Hoje não tenho nada disso em minhas mãos
Tenho apenas nos meus olhos o sentimento de injustiça
Que vai arder toda vez que eu te encarar

Se não quiser se queimar
Não cruze meu caminho







sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Um dia para arrumar as gavetas



Fim de ano é tempo de renovação. Hora de arrumar os armários. Descartar remédios vencidos, sentimentos vencidos, jogar fora tudo o que está amargo ou sem gosto. Tempo de renovar o guarda-roupa, as amizades. Dar embora o que não serve mais ou o que já cansou a vista. Renovar os brinquedos que não interessam mais aos filhos, mas que podem interessar outras crianças. Use esta lógica com seus projetos pessoais: se alguém não se interessa mais por eles, não perca seu tempo, divida-os com quem se interessar. Mágoas, ressentimentos, doenças não valem a pena relembrar e reviver. Se não conseguir se livrar de tudo de uma vez, pelo menos diminua o tamanho da gaveta reservada às coisas inúteis. Viagens, amigos e boas lembranças são objetos que devem ocupar o maior espaço em sua estante.

Depois que terminar a arrumação, não se esqueça de pegar aquela velha caixa de planos adiados e tire cada um deles com muito carinho e cuidado. Não vai ser na estante e nem em uma gaveta que você irá organizá-los. O lugar ideal é um altar. Independentemente de qual seja sua religião, o que deve manter e guiar sua vida são seus projetos e não os seus ídolos. Um altar para que você tenha o que é mais importante sempre visível. Sim... visível a você e a todos com quem convive. Se preferir compre uma bela cristaleira para organizar um relicário de realizações. Mas cuidado! Uma cristaleira trancada pode impedir o livre acesso às coisas boas. Não basta poder vê-las. É preciso poder tocá-las e renová-las o tempo todo. Afinal, você não vai querer quebrar a vidraça caso perca sua chave não é mesmo?

Não tenha medo ou vergonha de ser quem você é. Ao contrário do que pensa, suas realizações podem significar um incentivo para outras pessoas e não um vexame.

Bem, agora preciso continuar minha arrumação de fim de ano. Ah! Se você parou o que estava fazendo para ler isso, pode ter certeza que tem um lugar especial em minha estante.

Boas Festas e boa arrumação de fim de ano!