quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Big Brother de bebês







        Eu estou enganada ou temos um novo big brother? Big brother de bebês de aproximadamente 1 ano. Se eu entendi bem, estas mães e crianças ficarão confinadas por 3 semanas (aquelas que ficarem até o final), em uma casa para participar de provas com seus filhos na intenção de ganhar um prêmio em dinheiro. É certo que a casa é bem equipada e preparada para receber os bebês e suas mães, mas será saudável (e legal) manter estas crianças longe do contato com a família e do mundo exterior por qualquer período que seja? 

        E as mães, que nesta fase ainda não estão com seus hormônios totalmente regulados, são expostas a um estress desnecessário. Sem contar com a possibilidade de alguma delas estar (sem saber) com depressão pós-parto apesar do tempo já decorrido do nascimento do bebê.

        Será que estou exagerando?

      Cito dois artigos do Estatuto da criança e do adolescente abaixo:

Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;


Trecho de um artigo sobre depressão pós-parto: 

       Tratamento da depressão pós-parto 

 

       É difícil dizer quanto tempo dura a depressão pós-parto. Alguns casos duram uma semaninha, e outros podem durar meses. Os médicos recomendam tratar a depressão pós-parto desde o princípio. Se não tratar adequadamente pode persistir durante meses e até anos. A depressão pós-parto se trata igualmente a qualquer outra depressão. Trata-se com terapia psicológica e medicação. 

Psicoterapia para Jovens e Adultos. Formação USP/PUC. Metrô V.Madalena.
 


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Trancoso BA





Caminhar pela praia sobre as pegadas dos cavalos que as ondas insistem em apagar. Mesmo sem uma trilha para seguir, não tem como se perder já que não tenho um destino a alcançar. Sentir a água molhar os pés e a areia penetrar por entre os dedos. Chutar um monte de areia e rir como uma criança. Deitar na areia com os olhos fechados e beber o sol do fim de tarde.

A cerveja gelada e a porção de batatas fritas são apenas uma desculpa para ficar mais um tempo. Manda vir outra que hoje não tenho pressa. Se a realidade não é assim, então prefiro viver sonhando.

Gostaria de poder levar comigo o cheiro de mato que entra pelas narinas e o som dos grilos que embalam o meu sono. Afinal, o cansaço que domina as pernas após um dia de praia é o melhor que existe.

A mistura de aromas é sem igual. Cacau e canela, cravo e abacaxi, camarão e coco.

Iemanjá está representada em cada canto. No branco da igreja e no azul do mar, na espuma das ondas e na claridade do céu, na crença do povo e na moda praiana. Aqui, cada um é o que realmente é. O idioma oficial é o português com sotaque italiano, espanhol, paulista, mineiro...

É um ponto de encontro mundial sem deixar de ser brasileiríssimo.




“Viajar é vital. A arte e a natureza são passaportes inquestionáveis. Cruzar fronteiras e continentes é maravilhoso, mesmo que seja apenas através de uma pintura ou de uma espiadela na janela.”