quarta-feira, 4 de abril de 2012

A cor e o padrão


                                                         

Outro dia vi na TV um especialista em condomínios dizendo que o importante era padronizar as sacadas de um prédio para que o mesmo não se tornasse uma colcha de retalhos. Como assim? O que tem de errado com uma colcha de retalhos? É um dos objetos mais bonitos que eu já vi. O que há de errado em sair do padrão?

O termo “padronização” me assombra. A padronização é o assassinato da criatividade, da personalidade e da individualidade. 

Fachada padrão, carro padrão, funcionário padrão.

Que me desculpem os designers de plantão, mas prefiro o colorido multifacetado de uma bela e colorida colcha de retalhos.

Comportamento padrão, salário padrão, vida padrão.

A “bendita” moda também é uma maneira nefasta de padronizar o comportamento das pessoas. É horrível tentar comprar algo que você gosta e que não está na moda. Nas lojas todos os sapatos são parecidos, as roupas têm a mesma estampa e muitas vezes o mesmo tamanho. Se o seu corpo não é padrão, com certeza encontrará dificuldades em se vestir, mesmo que siga a moda. 

Aliás, acho que a última moda para as mulheres é viver perigosamente. Descobri isso através de um comercial de sapatos. Era o lançamento da coleção outono/inverno e os sapatos tinham saltos tão altos que as modelos andavam em câmera lenta. A moda é ser poderosa e quebrar o pé nas ruas esburacadas de São Paulo. 

Salto padrão, corpo padrão, mediocridade padrão.

Abaixo a padronização e viva a diversidade!

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