A sensibilidade do artista é seu fardo. Ele tem que aceitar suas fraquezas e ao mesmo tempo ser forte para não sucumbir à elas. Tantos talentos capazes de transformar os sentimentos mais íntimos em palavras, músicas, pinturas e que não sobrevivem a sua própria genialidade.
O torpor das drogas e do álcool na
tentativa de amenizar ou substituir sentimentos que machucam, são os mesmos que
apagam a chama que foi capaz de iluminar os passos de outros.
O artista sucumbe a própria
sensibilidade. A dor e a alegria que ele carrega no peito não é a mesma dos
outros mortais. Nem poderia ser. Nascer com a capacidade de sentir mais que os outros faz sofrer. É um sentimento solitário
que só se aplaca com sua obra. Mas como sua obra ele também cresce. Cresce, devora
e cospe o que restou.
Alguns sobreviventes continuam nos
presenteando até hoje com suas obras, simplesmente porque tiveram a sorte de encontrar um
equilíbrio antes de serem engolidos por seu próprio talento.
Ju, você tem toda razão nas suas palavras!
ResponderExcluirComo esposa de um músico, sei um pouco do que eles passam com a fama, com a obrigação de agradar sempre! Não é nada fácil e você soube trazer um pouco da ingratidão do universo artístico.