Caminhar pela
praia sobre as pegadas dos cavalos que as ondas insistem em apagar. Mesmo sem
uma trilha para seguir, não tem como se perder já que não tenho um destino a
alcançar. Sentir a água molhar os pés e a areia penetrar por entre os dedos.
Chutar um monte de areia e rir como uma criança. Deitar na areia com os olhos
fechados e beber o sol do fim de tarde.
A cerveja
gelada e a porção de batatas fritas são apenas uma desculpa para ficar mais um
tempo. Manda vir outra que hoje não tenho pressa. Se a realidade não é assim,
então prefiro viver sonhando.
Gostaria de
poder levar comigo o cheiro de mato que entra pelas narinas e o som dos grilos
que embalam o meu sono. Afinal, o cansaço que domina as pernas após um dia de
praia é o melhor que existe.
A mistura de
aromas é sem igual. Cacau e canela, cravo e abacaxi, camarão e coco.
Iemanjá está
representada em cada canto. No branco da igreja e no azul do mar, na espuma das
ondas e na claridade do céu, na crença do povo e na moda praiana. Aqui, cada um
é o que realmente é. O idioma oficial é o português com sotaque italiano,
espanhol, paulista, mineiro...
É um ponto de
encontro mundial sem deixar de ser brasileiríssimo.
“Viajar é
vital. A arte e a natureza são passaportes inquestionáveis. Cruzar fronteiras e
continentes é maravilhoso, mesmo que seja apenas através de uma pintura ou de
uma espiadela na janela.”
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